Em altos decibéis nossas vozes vão
em direção ao céu, enqnto os pés tão fincado aki no chão
cada coração é um explosivo
seus olhos nas esquinas sinalizam q ainda estamos vivos
qndo a fumaça de tanto inalada some
a noite abre estrela brilho lembra fome
de caça a presa o distino confunde o home
e agora meia noite os menino são lobisome
olha pro lado e v, as grades te deixaram a sós
não tem ninguém pra amarrotar seus lençóis
os facebook substituindo voz
e a missão de ser alguém tá cada vez mais veloz
Caiapós, Tapajós? então capricha
complicação prática pra nós num cai a ficha
cortex iphan, velox sedém
xerox cultural e a sensação de ser ninguém
Antrax in africa, o Sax me regenera
pretos sem facção refazem uma nova era
e as campanhias cortam sono dos inquilino
q mataram o proprio dono
qualquer sorriso é recompensa no abandono
nem q seja só pra fomentar lugar no trono
o lado puro espírito da minha crença
é q no final ninguem vai guentar viver de ofensa
Já não sei mais a qual tribo faço parte
se pego arma ou rebato com arte
olhos famintos, labirinto, péle, alma
sexto sentido no resplandecer da calma
papel picado, o contrato é vitalício
meu povo subjulgado e roubado desde o início
milhares no tumbeiro cortando as avenidas
péle, osso, resultado marcha suicída
com pequenos pensamentos que não desenvolve
homem da casa, trabalho, idade nove
pra ter rolex, nike, ouro, puma, coca
peso no ombro, dor no peito lhe sufoca
imediatação do sonho, consumo.
africanidade pra se recompor no plumo
televisão, frustação, vida ideológica
fuzil na mão, caveirão segue outra ótica
Quem dera um mundo novo pra quem tá no começo
reconhecimento do valor que mereço
unificação, consciência singular
ploriferação, nossa voz ecoar
sou pela utopia, pelo amor da criança
fim da nostalgia, terra mãe e esperança
fim da vida trágica, chegada da alegria
colocada em prática ata da maioria